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I'm a girl, dedicated, stubborn and very individualistic ... = P Some people like and who do not like! Who does not like penalty and who we like better! I'm simple but complicated. There is one thing I have to say, often the opinions of others does not count, but there are some cases that we also count on it! I consider myself a good person, friend and the other who believes in herself, she likes you!

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Depois de umas voltas pela discoteca, fomos ao bar pedimos duas pinacoladas com álcool. O Carlos olhou para mim e bebeu um gole do seu copo.

"Oh por favor! Se estamos na discoteca, não vamos estar a beber só um copo" Bebi o meu num único gole. Pedi uma caipirosca com coca-cola.

-          Anda comigo!

Não era uma pergunta, nem um pedido. Era uma ordem! Levou-me pelo braço, agarrei no copo e saímos da discoteca.

“Oh, não! Mundo real outra vez! NÃO!!!”

Agarrou no meu copo e pô-lo em cima da mesa que estava numa esplanada lindíssima, atras da discoteca, com vista para o mar.

Pegou em ambas as minhas mãos e obrigou-me a fita-lo.

-          Ouve – a sua expressão era séria – eu sei que é difícil perder os pais e não poder estar presente num momento tao difícil como este… mas isso não implica que te enfrasques de álcool, percebes?! Sara, eu gosto muito de ti e custa-me ver-te sofrer e não poder fazer nada! Mas estou cá para te impedir de fazeres asneiras, tais como, embebedares-te só porque te aconteceu uma infelicidade, a morte dos teus pais. Até posso estar a ser um pouco indelicado, mas sei que me estás a ouvir e concordar comigo, apesar de estares calada.

Quando ele acabou, eu pensei: “Bolas, assim é que devem ser todas as pessoas! Dizer o que sentimos é sempre a melhor solução!”

“Sei mesmo escolher os meus amigos os meus amigos!” Para mim o Carlos não é apenas um simples namorado, é também um grande amigo. Daqueles que não precisamos de dizer nada que eles sabem o que estamos a sentir…

-          … nunca passei por tal situação, mas imagino ser…

Não consegui evitar, olhar para aqueles olhos lindos e ver aqueles lábios mexer e eu a limitar-me a ouvir, não!

Beijei-o e agarrei-me o mais possível a ele.

-          Amo-te! – sussurrei.
-          Também te amo, não duvides disso! – respondeu.
-          Não duvido. – conclui.

O silêncio permaneceu entre nós. Apenas se ouvia a respiração e o coração a bater de cada um de nós. O silêncio é sempre bom em momentos difíceis como este, é pena ter demorado pouco tempo…

-          Ah, estão aqui! Gonçalo? Gonçalo anda cá! – disse a Patrícia.
-          Oh então! Aquela loira era tão gira… - lamentou o Gonçalo.
-          Acredito, mas anda lá…
-          Ok… - disse ele com ar triste – Olha os pombinhos! Então, estão bons?!
-          Se tivessem aparecido, estávamos melhores… - sussurrei ao ouvido de Carlos, ainda abraçada a ele.
-          Não sejas mazinha! – respondeu ao meu sussurro.
-          Vais dizer que é mentira? – perguntei, o Carlos soltou-se, para que ficássemos os dois de frente para eles.

Não me respondeu, apenas sorriu.
-          Hello! Nós ainda estamos aqui… deixem-se de segredinhos e sorrisinhos! – disse o Gonçalo.
-          Menino Gonçalo! O ciúme é uma coisa muito feia, sabes? – perguntei.
-          Eu sei! E não estou com ciúmes! Namorem lá à vontade.
-          Vá, vamos lá a ter calma! – disse a Patrícia, a apaziguadora do grupo.
-          Exato! – completou o Carlos.
-          Eu vou buscar uma bebida! Alguém quer alguma coisa? – perguntou a Pipa.
-          Então eu vou contigo! Preciso de ir à casa de banho… - disse o Carlos.
-          Isso costuma ser a frase mais comum das raparigas… não dos rapazes! – disse ela, gozando com o Carlos.
-          Ah, ah! Mas eu preciso mesmo de ir…
-          Ok, ok! Vamos lá! – dirigindo-se à porta – Até já! – para nós.
-          Até já!


Sentei-me na mesa, onde estava a minha caipirosca com coca-cola e bebi um gole. O Gonçalo segui-me e sentou-se na cadeira em frente a mim.


-          Então estás melhor?! – perguntei.
-          Hã?! Eu?!
-          Sim tu!
-          Eu?!
-          Sim, és surdo ou quê?
-          Às vezes… estás a falar da Maria?
-          Sim.
-          Ah, sim. Acho que já passou! Então e tu?
-          Ah, eu … mais ou menos – fiquei pensativa.


Pensar nos meus pais deixava-me frágil, triste. Imaginava o carro a bater no deles, os corpos dos meus pais a chocarem no airbag, a voltarem para trás. Depois o meu pai e a minha mãe a sangrar. Fechei os olhos, não conseguia aguentar aquele sofrimento, imaginar todas aquelas hipóteses de acidente mortal dos meus pais…

“Não aguento isto!”

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