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I'm a girl, dedicated, stubborn and very individualistic ... = P Some people like and who do not like! Who does not like penalty and who we like better! I'm simple but complicated. There is one thing I have to say, often the opinions of others does not count, but there are some cases that we also count on it! I consider myself a good person, friend and the other who believes in herself, she likes you!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

mais um bocadinho...

Pensei intensamente em Carlos. Até que alguém me beijou.
-          Carlos… murmurei e abri os olhos.

Para meu espanto não era o Carlos, era o Gonçalo, o meu melhor amigo.

-          Eu não sou o Carlos!

“Ai, ai! Então porque me beijaste?!” – pensei e a seguir tive de o perguntar.

-          Então porque me beijaste?

Afastei-me quando ele se aproximou, querendo pegar-me na mão.

-          Eu não mordo! – barafustou.
-          Pois, mas beijas!
-          Desculpa…
-          Porque o fizeste?
-          Desculpa, está bem!
-          Porque o fizeste?! E é bom que  me dês uma boa explicação …

A porta da discoteca abriu-se e o Carlo e a Patricia apareceram. Eu e o Gonçalo rodamos a cabeça em direcção da porta, acompanhando o seu movimento, em simultâneo.

-          Então trouxeram alguma coisa para mim?! – perguntou o Gonçalo, levantou-se em direcção à Patricia e ao Carlos.
-          Não pediste nada! E se pedisses eu também não te trazia… - disse ela, murmurando a ultima frase.
-          Oh, então!
-          Ah pois é, menino Gonçalo! É sexta-feira mas não é para te embebedares! Sim?!
-          Está bem! – respondeu.

Voltamos para a discoteca e depois de dançarmos uma música, eu disse para o Carlos.

-          Vamos embora…
-          Ok…

Entramos dentro do carro e o Carlos seguiu em direcção à casa da Patricia e depois à do Gonçalo. A viagem foi muito silenciosa, nem sequer o som da rádio se ouvia. Para quebrar o silêncio, o Carlos perguntou:

-          O que se passa?
-          Hã?! – estava distraída.

Perdida em pensamentos. A morte dos meus pais, o beijo do meu melhor amigo. Isto tudo em tão pouco tempo.

-          Estás bem? Sei que é uma pergunta estúpida, mas estou preocupado contigo.
-          Não é nada estúpido, mas estou bem. Obrigada.
-          Vou fingir que acredito. Se não queres dizer tudo bem, mas sabes que podes contar-me, certo?
-          Sim, eu sei. E obrigada por tudo!
-          Não tens de quê. Estarei sempre aqui para ti.

Levou a minha mão esquerda aos seus lábios e beijou-a. Conseguiu arrancar-me um sorriso. Aquele toque tao quente e agradável, fez-me lembrar a noite anterior… ele por cima de mim, o seu calor humano, o brilho dos seus olhos e o reflexo do seu tronco nu com a luz do candeeiro… como tinha adormecido agarrada a ele e como tinha sido acordada hoje de manhã.

-          Amo-te! – disse ele.

As suas palavras ficaram a pairar no ar, à espera de uma resposta.

-          Também te amo muito! – respondi.

Voltei a olhar para a estrada e reparei que ele não tinha virado na 1ª à direita mas sim, na 3ª à direita, depois da retunda, ou seja, íamos na direcção inversa ao caminho das nossas casas. Olhei para ele, limitou-se a sorrir e conduzir. Não perguntei onde íamos, deixei-me ficar com a dúvida e descobrir sozinha.

Paramos e estacionamos junto a uma praia.

“Uau, que romântico!”

Depois de nos descalçarmos e andarmos um pouco pela areia seca, o Carlos disse:

-          És tudo para mim, sabias?! – deixou cair os sapatos e fez os mesmos aos meus – Sei que alto te perturba, mas não vou pedir que me contes. Quero apenas que descontraias… vamos sentar-nos um pouco e descontrair ao som do mar, sim?!
-          Está bem.

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